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Último episódio de 'Game of Thrones' tem desfecho fraco e revolta internautas

Roteiro da oitava e última temporada deixou muito a desejar e não fez jus à grandeza da série

Daenerys ascende ao poder em uma das cenas mais bonitas do episódio
Daenerys ascende ao poder em uma das cenas mais bonitas do episódio -
Depois de oito temporadas e 73 episódios, a série "Game of Thrones" chegou ao fim neste domingo com um desfecho fraco, que não teve nem um terço da grandeza de todas as outras temporadas da série.
Os roteiristas David Benioff e D.B. Weiss conseguiram destruir Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) e deixá-la apenas como uma rainha louca. A mulher que libertou escravos e matou nobres que exploravam o povo de repente se tornou uma tirana que mesmo após a rendição de uma cidade continuava massacrando inocentes e que, após conquistar o tão sonhado Trono de Ferro, ainda procurava guerra, agora em outros continentes.
Quando feito de forma adequada, destruir a imagem que um personagem tem para o público é uma boa reviravolta. Personagens bons posteriormente corrompidos pelo poder sempre são muito interessantes. Mas esse não foi o caso de Daenerys, que se tornou cruel de uma hora para a outra. Ela sempre foi impiedosa com seus inimigos, mas há de se convir que o povo de Porto Real, rendido, sem chances de defesa, não era o inimigo.
Jon Snow (Kit Harrington), que passou boa parte da última temporada na inanição, incapaz de resolver os conflitos que surgiam, foi o responsável pelo que deveria ser o grande clímax do episódio: o verdadeiro herdeiro ao trono que mata a mulher que ama porque ela se mostrou uma péssima governante. Seria emocionante, caso existisse realmente um conflito entre eles ou um relacionamento amoroso que convencesse o público.
Jon Snow mata Daenerys - Reprodução / HBO
A cena da escolha de Bran Stark (Isaac Hempstead-Wright) foi quase uma comédia. A justificativa para colocá-lo no trono não convenceu completamente, mas é minimamente aceitável quando se pensa que talvez um homem "normal" não conseguiria manter o cargo sem ser corrompido de alguma forma pelo poder.
Mas nem tudo foi ruim. Sansa Stark (Sophie Turner), que já vinha dando indícios de que não voltaria a dobrar o joelho para nenhum outro rei, se tornou a rainha do Norte. E é claro que a Arya Stark (Masie Williams) não iria ficar em Winterfell sentadinha vendo a irmã governar. Ela foi em busca de novas aventuras à Oeste de Westeros, uma coisa que já havia dito em temporadas anteriores que gostaria de fazer. 
 
 
 
 
 
Algumas cenas, como Cersei (Lena Headey) e Jaime (Nikolaj Coster Waldau) mortos nos escombros da Fortaleza Vermelha e Daenerys ascendendo ao poder com Drogon atrás dela, foram muito bonitas de se ver. E, ao contrário do que os mais pessimistas esperavam, todos os personagens tiveram um desfecho. Pode não ter sido o melhor e nem muito bem feito, mas as pontas soltas foram amarradas. E as falhas de um ou dois episódios, ou mesmo de uma temporada inteira, não podem apagar o grande fenômeno que foi "Game of Thrones".
Sansa Stark, a rainha do Norte - Reprodução / HBO
 
Daenerys ascende ao poder em uma das cenas mais bonitas do episódio Reprodução / HBO
Jon Snow mata Daenerys Reprodução / HBO
Sansa Stark, a rainha do Norte Reprodução / HBO
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