O desfile da Viradouro, segunda agremiação a pisar no Sambódromo na noite de domingo, caminhava para a consagração total, mas um buraco na frente do segundo módulo de julgadores pode comprometer a evolução e o magistral espetáculo apresentado pela escola de Niterói.
A abertura foi sensacional. Na comissão de frente, uma sereia nadava em um tubo, que representava um aquário, que continha 7 mil litros de água mineral. Isso mesmo: por conta da crise na água, a escola levou caminhões pipa para o barracão na Cidade do Samba. Com a água da Cedae o público não conseguiria ver o que acontecia dentro do aquário. Os jurados chegaram a levantar para aplaudir a abertura. A 'sereia', em questão, era a atleta de nado sincronizado Anna Giulia, que encantou o público.
O casal de mestre-sala e porta-bandeira Julinho e Rute fez uma exibição primorosa em todos os módulos de julgadores.
O enredo sobre as ganhadeiras de Itapuã foi muito bem desenvolvido pela dupla de carnavalescos Tarcisio Zanon e Marcus Ferreira. O primeiro tripé da escola foi o "Quem lava a alma dessa gente veste ouro", pedindo benção a Oxum, padroeira das Ganhadeiras de Itapuã.
A Viradouro deu um banho de bom gosto em suas alegorias e fantasias, apesar do último carro passar apagado, o que pode resultar na perda de décimos.
O caminho estava seguindo para a consagração total, mas na frente do segundo módulo de jurados, entre os setores 6 e 8 do Sambódromo, a ala à frente do quinto carro avançou e a alegoria ficou parada, criando um buraco que pode trazer descontos importantes no quesito evolução.