Homenagem na Tuiuti

Quarta agremiação a desfilar na primeira noite do Grupo Especial, a Paraíso do Tuiuti teve uma briga na concentração do desfile. Integrantes da escola saíram no soco com funcionários do Carvalhão, empresa de guindastes, e reclamaram de demora na colocação de um destaque sobre uma alegoria. A apresentação, entretanto, não teve nenhum problema técnico e a Azul e Amarela passou pelo portão com exatos 70 minutos.

O enredo O Santo e o Rei: Encantarias de Sebastião não empolgou o público e nem os componentes pareciam animados. O ponto alto foi o bom gosto do carnavalesco João Vitor Araújo, estreante na escola. As alegorias e fantasias vieram impecáveis, esbanjando beleza.

A comissão de frente, uma encenação do encontro de São Sebastião com Dom Sebastião, se destacou pelo realismo. A apresentação era cercada por seis bonecas ventríloquo, uma homenagem para as senhoras do Morro do Tuiuti.

O último carro, que trazia uma grande escultura de São Sebastião, fez uma homenagem às vítimas da violência. Uma faixa estendida pelo destaque Leonardo Diniz, que representava o rei do povo, tinha escrito: "Vai passar". Já os integrantes da alegoria tinham papéis com dados de violência, como mortes de mulheres e pessoas trans, estampados em suas fantasias.