Bem exuberante

Com um enredo que contou a história de Joãozinho da Gomeia, pai de santo negro e gay que atendeu milhares de pessoas em seu terreiro, em Duque de Caxias, a Grande Rio pediu o fim da intolerância religiosa e empolgou o público com seu samba-enredo. No entanto, a escola derrapou na evolução, o que pode lhe custar alguns pontos na apuração.

Exuberante, com carros que representavam as raízes ancestrais, o recebimento de entidades e exaltavam a diversidade, a agremiação fez um dos mais belos carnavais da sua história, segundo seus próprios integrantes. A comissão de frente encantou o público. Com o enredo Tatalondirá: o Canto do Caboclo no Quilombo de Caxias, a Grande Rio levantou a Sapucaí, em parte por conta da novidade experimentada na bateria: uma paradona com referência afro, que lembrava o som dos atabaques. Apesar da exuberância dos carros e alas, a escola deixou alguns buracos e seu abre-alas entrou desacoplado na pista.

De volta ao posto de Rainha de Bateria da Grande Rio após 10 anos, Paolla Oliveira brilhou vestida de Cleópatra. Após o desfile, a atriz se emocionou. "É um espetáculo. É uma festa que leva informação, cultura. Fico muito feliz de estar aqui", disse Paolla à TV Globo.