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Cante o samba

Bangu Cante o samba:

Ah! Saudade ressoou o meu tambor

Num pedaço de terra consagrado na memória

Ôô eu sou um Griô

Viaja o tempo nos rumores

Da história

Nesse chão debrucei

Toda força de um rei

Um ébano elo com a natureza

Mas a traição me tornou o alvo

Escravo de quem era minha certeza

Mar me leva, dor no mar

Sou o par da angústia

Tanto irmão à minha volta

Na revolta da maré

Nego tem que ter fé…

Ê… Nego tem que ter fé

Sou eu, a mão que assina

A própria sorte

Resistindo a natural pena de morte

Um dia fui escravo da tristeza

Hoje realeza livre do açoite

No samba fiz morada

Refúgio feiticeiro, a tez da noite

Na desfaçatez da madrugada

Guerreiro, Ogã ou Rainha

Juiz, defensor dessa gente

Na luta a vitória é minha

Nos braços não pesam correntes

Ie ie ê alafiá

Ie ie ê alafiá

Meu sangue é a retinta majestade

Eu sou Bangu, o Ilê da liberdade

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