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Tati Quebra Barraco fala sobre pioneirismo em cantar sobre empoderamento feminino

'Venho falando de empoderamento sem saber o que era', diz a cantora

Tati Quebra Barraco
Tati Quebra Barraco -

O discurso afiado de Tati Quebra Barraco sempre esteve atrelado à vivência da cantora por entre as ruas e vielas da Cidade de Deus, comunidade da Zona Oeste do Rio, onde a estrela nasceu, cresceu e apareceu, até se tornar um dos maiores ícones do funk. Com 22 anos de carreira, Tati é porta-voz da liberdade sexual feminina, levantando a bandeira da independência da mulher e o amor próprio em suas canções. Num tempo que aprofundar o tema era praticamente pecado.

"Venho falando de empoderamento sem saber o que era. Hoje, as pessoas acham bonito mulheres lutarem por igualdade, o que devia ter sido desde sempre. Mas como venho dizendo, a desconstituição é diária. Tamo aí para aprender coisas novas", avalia Tati, que nunca temeu o julgamento alheio, desde o início dos anos 2000, quando estourou com os hits Boladona, Me Chama de Cachorra, Se Marcar Eu Beijo Mesmo e outras com trocadilhos divertidos como em Dako é Bom. 

Casada há 18 anos, mãe de três filhos e avó de dois, foi no funk que ela encontrou refúgio e um caminho para se expressar em meio às dificuldades da mulher periférica. "Aprendi com a vida, né? Na comunidade a gente não só vê a realidade de perto, como vivencia. Sempre com humildade e respeito. Tô aí! Firme na rocha."

 

'Sou a pioneira disso tudo'

Não é só na música que Tati manda seu papo reto. No Twitter, a funkeira posta conteúdos de interesse público como enfrentar o machismo, o racismo e a homofobia. "Não sou uma maquiagem. Sou a mesma da TV, das redes sociais e do dia-a-dia", declara ela, que acaba de completar 40 anos, mais boladona que nunca. "Não é à toa que sou a pioneira disso tudo", avisa. Tati, e o balanço de sua trajetória no funk? "Muitos desafios, não queira imaginar. Afinal, venho cantando pu***ia há 22 anos."

 

Tati Quebra Barraco Divulgação
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